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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

O Que me interessa é o que é, não o Que Foi,tampouco o Que Será .(Hegel)

     A filosofia de Hegel é fundamentada no devir, na mudança. Hegel rompe com a filosofia tradicional que buscava o ser, a permanência. Hegel demonstrou que até mesmo o presente funciona como uma passagem, uma vez que cada instante vai se esvaíndo.       Portanto, o processo dialético  demonstra uma alternância entre ser e não ser, (um vir a ser constante), assim, a criança torna -se-á jovem, posteriormente velha depois morre. Explicando melhor,  a criança  ao se transformar em jovens deixou de existir como criança, ou não Ser, no entanto o jovem é um Ser; contudo, o jovem se transforma em velho, logo o jovem deixou de ser, passou a não Ser, mas o velho é um Ser, todavia, o velho morre logo deixou de ser, mas o cadáv er é um ser que vai se transformar em mútiplas processos. Este processo Hegel denominou de Síntese e antítese e ocorre por toda parte.      Não obstante, a ânsia por estabilidade, neste mundo o que realmente acontece é o constante devir.Nada de E u permanente eterno,

O "Eu".

       "O eu é um conjunto de imagens que  a pessoa constrói sobre si". Eis uma definição do eu  Krishnamurtiano, a melhor que conheço. Simples! Apenas isso  imagem  formadas durante toda a vida, desde a infância. Estas imagens vão sendo ampliadas ao longo  da vida, assim, (a pessoa passa a ser um doutor, um empresário, um bom pai, um bom marido,etc).            Quando   esta imagem é contrariada surge o sofrimento, a raiva, a dor emocional. Posto que estas imagens passam a funcionar como um " ser" controlador, avaliador, assumindo um papel de pensador, sensor, então, tudo que acontece a esta pessoa passa pelo crivo deste sensor. Tal fato ocasiona uma visão interpretativa sobre o que  está acontecendo a este ser, tal forma de agir faz do homem um ser reativo.             Portanto, compreender que existe esse eu imagem  é o caminho para uma verdadeira transformação existencial. Perceber como este eu  funciona, compreender cada relação e buscar não alimentar esta re

Metafísica de Parmênides!

           Parmênides(VI e V) fundamentando sua teoria do Ser,(Deus), dividiu a questão em três vias: I) da verdade absoluta; II) das opiniões  falazes; III) da opinião plausível. Da verdade absoluta -  Esta via é fundamentada nos seguintes princípios: o Ser é e não pode não Ser. O não Ser não é e não pode ser.Portanto o Ser existe, enquanto o não Ser não existe. Tal principio  conduz para ideia de imutabilidade do Ser, e para a ideia de que o Ser não foi criado, pois implicaria que o não Ser fosse seu criador. Outra ideia desta verdade absoluta é que para o Ser não existe passado e tampouco futuro, só o eterno presente. Desta forma se  conclui que o Ser é perfeito e homogêneo, além de  esferóide , uma vez que, o circulo  representa a perfeição.          Portanto, por esta lógica fica evidente que nada existe fora do Ser, portanto, o pensamento também é Ser, logo, existe a total impossibilidade de se pensar o nada. No entanto o Ser parmendiano por esta via é imóvel além de homogêneo.

O que Não Tem Solução, Solucionado Está. Será?

       Este lema tem um conteúdo estóico, pois, salienta a supremacia do Real,  demonstra que a solução é o que é,  independente de ser bom, mau, assustador, maravilhoso, contudo à humanidade busca à solução desejada.  Busca fugir da dor e conservar o prazer. No entanto, tal solução é na melhor hipótese projeção de um desejo, que nem sempre se materializa.         Portanto, viver a realidade do momento é um princípio estóico, que salienta que a felicidade consiste em desejar pouco, não idealizar situações utópicas, ou fora da realidade, porque só amplifica a dor, a angústia existencial. Posto que, à vida em sua forma de ser produz alegrias, tristezas, dores, prazeres, medos, portanto,  não adianta querer receber só o bom, assim, viver e aceitar cada momento como único sem querer modificá -lo é bem menos neurótico.          Analisando este lema : "O que não tem solução, solucionado está". Observo que a não solução são as coisas que não se pode modificar, são as coisas que nã

Hoje!

Hoje amanheci com aquela sensação de que nada nesta vida vale apena; que o  ente humano é na verdade um ser que está à morrer, há cada instante, tal fato  toma corpo, quando lembro-me de minha mãe já falecida, de meu pai, dos meus irmãos,de meus amigos,  todos consumidos, esquecidos,(hoje faço algum esforço para definir  como eles eram! mas, em vão. Sem constrangimento, afirmo, reconheço, sei que à morte impõe a todos o mais profundo silêncio, além do esquecimento.Nada escapa da voracidade da morte em triturar, ossos, sonhos, ilusões, amores, tudo esmagado! consumido! Quando sou envolvido por estes fantasmas sinto pena de cada criança que nasce! Mas, logo me recupero e vejo de forma nítida  à pujança da vida! Vejo que cada instante, cada hoje, anula a futura eternidade do esquecimento. Hoje estou aqui, portanto, jamais deixarei de fazer o que tem de ser feito, amar,abraçar, celebrar, alegrar -me, porque deixar de  viver o hoje, é morrer  antes do tempo.

Enterre Seu Passado!

           A pior atitude é uma pessoa ficar remoendo seu passado, fazendo conjecturas, imaginando como teria sido melhor se tivesse tomado outra atitude diferente.Tal procedimento é como peito de homem não serve para nada. (Desculpe-me,  a comparação ). O grande  poeta Fernando Pessoa em um poema denominado dúvida foi enfático ao abordar este tipo de pensamento nefasto em todos os sentidos, que fica remoendo, pensando como poderia ter feito algo diferente.             Portanto, é fundamental compreender que o passado é concluso, nada se pode fazer para mudá -lo, ele existe apenas como memória, nada mais. Isto é um fato. Não obstante, esta verdade sobre o passado, o ente humano permite que seu presente seja estragado por causa de um passado. Todos os rescentimentos, todos os ódios,  os medos, têm como motivação  maior algo  ocorrido no  passado, que foi perpetuado pelo pensamento sobre algum acontecimento. Não foi atoa que, Jesus deixou como referência maior a oracão do pai nosso. (Pr

O Medo do Findar!

         O homem desde os primórdios busca uma certeza, de que ele não findará com a morte. Por que este anseio? O que motiva tão forte desejo? Em primeiro lugar o desejo de continuar é fruto do medo do morrer, findar, pois o apego a pessoas, coisas, sensações, prazeres, é poderoso, arrebatador, produzindo um pavor visceral do deixar de existir, assim surgiram as religiões para aliviar este sofrimento.       No entanto, as  religiões elaboraram um conjunto de princípios que explica tudo direitinho: "Deus criou o mundo, o Universo, o homem, a fauna, a flora, tudo muito bem explicado", então surgiu um problema, como inserir a morte? Não seria mais fácil ter deixado só a vida? Como surgiu a morte e por que o morrer? Para enquadrar a morte e acalmar o homem, os “sabidos" criaram o pecado, desobediência, o primeiro homem errou, Deus para puni-lo criou o sofrimento, a dor, através da morte, tudo bem explicadinho, mas tinha algo fora do lugar, como explicar por que os outros h

O SER!

                  O grande filósofo  Martin Heidegger,  autor de o Ser e o Tempo, publicado em 1927, (obra que tornou-se um marco   na filosofia  moderna). Nesta obra, Heidegger  define  o ser como presença, que representa saber que existe, saber que os outros entes existem. Assim, o ser é formado pela consciência existencial. Luz  que qualifica a existência dos entes e de outros seres.          Mas, o que é o ente? O ente é uma coisa, um objeto, enfim tudo é ente, inclusive o homem. Contudo  o homem através de seu ser, necessita está em constante relação com o mundo das coisas. Mas, para Heidegger, (" o ser ilumina o ente, e que que todos entes possuem um ser que o qualifica, mas só o homem transcende o ente, rompendo  com sua obscuridade). Portanto, os demais entes não são possuidores  da luz da  presença. Então, tudo que compõe o universo, e que  faz parte do universo, que não sabe que  existe é um ente, também,um ser, mas que não tem sentimento de  presença, assim:( carr

Autoconhecimento!

      O ente humano existe, vive e sabe que vive, ou seja, tem auto consciência, mas tal atributo acarreta medo, ansiedade, angústia existencial, posto que, sabendo que existe o homem sabe que um dia findará, mas, o ser humano quer viver sem perecer, portanto, a autoconsciência produz  uma   angústia  existencial. Assim, o ser do homem procura de qualquer forma fugir da dor, do medo, então, foge para drogas, relacionamentos, para comida, bebida alcoólica, etc. Contudo a dor persiste, eis a grande verdade existencial, como muito bem salientou Schopenhauer:( " o homem vive no pior dos mundos").      O drama existencial fica evidente na transitoriedade das coisas, da vida, das relações, logo, o homem tem motivos de sobra para sua angústia existencial. Mas, o que homem mais deseja é não sofrer, e ser feliz. Todavia, neste plano não existe nada definitivo, nem a própria vida. Logo, surge a pergunta como ser feliz, apesar da transitoriedade? Como encontrar a serenidade, a

Parmênides!

           No século V a.C Parmênides  criou a escola eleata, que acreditava nos seguintes pressupostos: ( imutabilidade total do Ser,  o Ser parmediano era eterno, inexistência dos fenômenos,  o ser é, logo, não pode não Ser, o não Ser não é, jamais poderá Ser).  O Ser parmediano  era esférico e imutável, ou seja, não estava sobre a lei do devir. Tal definição era frontalmente contrária as idéias de Heráclito de Éfeso.            No entanto, está definição  parmediana de ser se  constituiu uma aporia, ( sem solução lógica). Pois,  se o Ser era esférico,  fica evidente  que o Ser sendo esferoide, tinha um limite, portanto o que estava fora da esfera fica evidente que era o Nāo Ser, mas Parmênides negava a existência do não  Ser. Seu discípulo Melisso criou   a redução por absurdo, afirmando a pluralidade do Ser,digamos existia de forma aparente, no entanto, a essência deste ser era idêntica ao do  Ser parmediano.  Empedócles século V a.C  também da Jônia procurou solucionar a aporia

Heráclito? O obscuro!

          Heráclito viveu na Grécia entre os séculos VI e V a.A.  Foi um filósofo pré socrático, ou seja, anterior a Sócrates.  A essência de sua filosofia  é o eterno devir, (a constante transformação), portanto como tudo muda  afirmava Heráclito que "um homem jamais entraria duas vezes no mesmo rio". Porque o rio não seria o mesmo  e tampouco o homem seria o mesmo.        Analisando  melhor  a filosofia heraclitiana,  (a filosofia do devir), chega -se a conclusão, como tudo está mudando de forma constante, pois, (o úmido seca,  o seco fica úmido, o novo fica velho, o velho morre, a morte gera vida, etc). Fica evidente que o ser está se transformando em não ser. Mas , para Heráclito, tudo funciona em pares opostos, como: (ser e não ser ,  amor e ódio, noite e dia, etc). No entanto, existe uma harmonia, uma espécie de sincronização entre os oposto, ao contrário de Anaximandro que afirmava que os pares opostos estavam em constante luta.          Portanto, ao harmoniza